Esta é uma casa que arranjei para nós (para mim e para a minha mulher) na Figueira da Foz, cidade com a qual tenho uma ligação afetiva muito forte. Era lá que passava as férias de Verão em miúdo e lá continuei a voltar com mais ou menos regularidade, ao longo dos anos.

Em 10 minutos estamos em todo o lado a pé. Há infraestruturas bastante razoáveis – jardins ótimos, marina, ténis, ruas pedonais, passeio marginal, esplanadas, centro de espetáculos de qualidade invulgar, etc. E depois há a Figueira velha, com as ruelas, as praças e o Paço inconfundível, a Figueira do Bairro Novo – conjunto ainda invulgarmente preservado de arquitetura dos anos 20-30 do séc. XX. É na fronteira entre estes dois bairros da Figueira que se situa a casa. É uma construção de 1940 e poucos, com a característica muito peculiar de ter 3,00m na frente (para a rua), 13m de profundidade e 2,40m no tardoz, isto em 3 pisos. Foi, portanto, um verdadeiro desafio e um exercício de arquitetura de interiores muito divertido.

Todos os materiais são naturais e tradicionais e as fachadas foram integralmente restauradas, utilizando os materiais e processos compatíveis com a construção original.

José Baganha