Este projeto trata uma obra de renovação e ampliação do edifício com morada na Rua Castilho 3, em Lisboa, e data de 1885/86. A sua construção foi encomendada por José Victorino Canongia e destinava-se a habitação plurifamiliar. Na segunda metade do século passado foi objeto de obras de adaptação a escritórios, tendo sofrido intervenções diversas desde então até agora.

Nesta intervenção de ampliação propõe-se uma tipologia de um apartamento por piso, num total de 6 apartamentos – incluindo um apartamento com duplex no último piso, ocupando, portanto, o sótão (habitável). No piso térreo, situar-se-ão os acessos de pessoas e de viaturas automóveis, áreas técnicas, e acesso ao piso em cave, sendo esta adaptada a estacionamento automóvel, com um total de 5 lugares.
O edifício em causa insere-se no alinhamento do edificado Poente da rua Castilho, ladeado, por dois edifícios mais recentes de cércea mais elevada. A ampliação proposta atenua, portanto, o efeito dissonante no perfil deste troço da rua, mantendo a identidade da construção “original”.
A fachada da rua Castilho apresenta um tratamento diferenciado, de “embasamento” em pedra lioz no piso térreo e reboco nos pisos superiores. Os vãos são guarnecidos com cantaria em pedra lioz – pedra igualmente utilizada em socos, soleiras e peitoris. Os vãos de sacada são ainda protegidos com guardas em ferro forjado pintado.
Esta fachada será rematada superiormente com dois pisos novos, e com um piso em “águas-furtadas”, não ultrapassando a cota de cumeeira dos prédios adjacentes. O revestimento do prédio será mantido, recuperando as cantarias, e as serralharias existentes e beneficiando os paramentos de reboco. A caixilharia será igualmente renovada, mantendo o desenho original, mas introduzindo vidros duplos e demais acessórios que assegurem níveis adequados de conforto térmico e acústico.