Monte da Casa Alta

Passando o vale do Sado, um pouco mais para Sul, quase junto ao mar a chegar a Sines, fica esta povoação – Melides – e, não longe, este monte. Arranjei-o para um Tio e sua Família, que pretendiam uma casa de férias e de fins-de-semana, perto das praias desta região – ainda razoavelmente preservadas – e não demasiado longe de Lisboa.

Existia já uma casa, inacabada, mal construída e distribuída – uma confusão. Reparámos, acrescentámos, corrigimos e lá conseguimos compor uma casa de monte alentejano, branquinha, com os telhados de telha de canudo velha (limpa e tratada), integrando-se na paisagem da forma mais natural possível, procurando essa harmonia entre a natureza e a especificidade cultural da região.

A casa é quase toda ela de um só piso, térreo, apenas com uma parte central mais alta, em que se faz um aproveitamento de sótão e se introduzem 3 janelas de forma um pouco invulgar para a tipologia adotada.  Muito embora não se oponha ao conjunto construído, pelo contrário, estas janelas integram-se com respeito pelo tema-geral ou tipologia dominante, afirmando-se como um ligeiro improviso quase impercetível e muito subtil. É essa característica um pouco inédita que dá o nome à casa.

Destacam-se ainda as zonas de estar exteriores, os alpendres, voltados ao Sul, que prolongam a sala e proporcionam espaços de fresco para usufruir do descanso e do convívio em condições mais confortáveis.

DATA
2004
LOCAL
Melides, Grândola - Portugal
CRÉDITOS
FG+SG Fotografia de Arquitectura
SHARE
JOSÉ BAGANHA & ARQUITECTOS ASSOCIADOS, LDA.